Eu - A arché :

Tales de Mileto acreditava ser a água a origem de tudo o que existe.

De acordo com os filósofos pré- socráticos, a arché ( do grego: origem), seria algo comum e presente em todos os momentos da existência de todas as coisas, sejam elas físicas ou não. Eles, de acordo com suas crenças, atribuíam um "valor" a arché, como por exemplo: Tales de Mileto :água; Anaxímenes: Ar; Anaximandro: Apeiron, Demócrito de Abdera : Os átomos, Anaxágoras de Clazomena : As homeomerias, Pitágoras de Samos : O número, sendo estas as mais conhecidas e discutidas pelos seculos afora.
Mas esta é a hora que você se pergunta: Sim, aonde você quer chegar? E eu lhes digo: À origem do pensamento comum.
Nesta época, com o escasso maquinário, em se tratando de instrumentos científicos, cada pessoa poderia formular sua opinião a partir do que achasse melhor, não havia o interesse e a curiosidade de se provar ou contestar nenhum dos pensamentos do que realmente teria dado origem ao mundo de uma forma geral. Tudo era aceito e rejeitado por determinados grupos sem o mínimo interesse em se buscar a verdade por trás do pensamento.Atitude a qual que infelizmente até os dias de hoje vem trazendo inúmeros prejuízos ao progresso humano.Pessoas que até hoje buscam afirmar seu pensamento a respeito de algo por pura vaidade, sem o mínimo compromisso com a coerência e a verdade.
E infelizmente, com muita tristeza, vejo esse tipo de pensamento se difundindo primeiramente na igreja, ser humano, igreja pessoa, e que tem se alastrado de forma mortal na instituição igreja que se propõe a ser de Cristo. Práticas absurdas, as vezes até anticristãs, tem sido aceitas em nome do crescimento quantitativo. Pessoas que abrem mão de toda uma instrução da palavra por um vento estranho de doutrina, e nem se dão ao trabalho de buscar a arché de tal prática, simplesmente a aceitam e censuram de todas as formas possíveis os pensamentos contrários, os taxando de rebeldes.
Por sua vez, com tanta influência estranha, a igreja perde a identidade que uma vez tivera, se torna sombra do que um dia foi, se transforma numa folha que é levada ao vento, sendo guiada sempre pelo ímpeto mais forte, se perde em sí, deixa de ser igreja.